
Será que somos diferentes? Será que somos tão maravilhosamente perfeitos a ponto de só enxergarmos problemas nos outros? Será que somos realmente honestos ou é pura hipocrisia, simples aparência? Estava pensando comigo mesma sobre o fato de muitas pessoas viverem reprovando outras, como se elas próprias não tivessem defeitos, como se elas não cometessem atos igualmente reprováveis. E ai que eu lembrei de uma frase de La Rochefoucauld (se não tivéssemos tantos defeitos não teríamos tanto prazer em observar os dos outros). Lembrei-me de uma outra frase dele: “Deploramos com facilidade os defeitos alheios, mas raramente nos servimos deles para corrigir os nossos.” Continuei pensando com meus botões e lembrei de uma outra frase, essa agora de Frei Damião: “Antes de clamar contra a maldade dos tempos e dos homens, examinas se estás sendo a luz que deves ser.” À mente veio, de repente, uma lembrança, quando um dos padres citou Mateus, da Bíblia Sagrada, dizendo que geralmente vemos o argueiro no olho do irmão, mas não a trave no nosso. Um dos defeitos da humanidade é ver o mal de outrem antes de ver o que está em nós. Para se julgar a si mesmo, seria preciso poder se olhar num espelho, transportar-se, de alguma sorte, para fora de si e se considerar como outra pessoa, em se perguntando: Que pensaria eu se visse alguém fazendo o que faço?” E com toda certeza se quisermos corrigir os defeitos do mundo devemos começar corrigindo os nossos, ou, como diria aquele Frei, examinando se estamos sendo a luz que devemos ser.
Ainda me atrevo a falar mais, por que não lista nosso defeitos e a cada dia colocar ao lado dele, "O que eu fiz hoje para melhorar nesse defeito?". Quem sabe assim possamos parar de prestar tanta atenção no defeito alheio e começamos a nos torna, seres-humanos melhores.
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Fica a dica e opinião
Luiz Bonato:.